domingo, 11 de março de 2012

As Três Faces da Noite



Depois de um belo momento de integração com os amigos na Rua Augusta, no último sábado (10/03), com direito à “Pedalada dos Pelados” http://delas.ig.com.br/comportamento/pedalada-pelada-nua-e-crua/n1597684059832.html protesto dos ciclistas paulistanos contra a agressividade do trânsito urbano na cidade, eis que o plano número dois da noite começa a ser arquitetado.
O Reencontro com a casa Madame Satã, hoje rebatizada como Madame Underground Club, superou as expectativas e confirmou algumas máximas que eu já tinha chegado à seis anos atrás, pouco antes da casa fechar.
A decoração está impecável, com um investimento em segurança (com saídas de emergência devidamente sinalizadas) em infraestrutura (com som digno e bem distribuído em potentes caixas de som, com ar condicionado em todos os ambientes da casa, banheiros com mictórios descentes) e na decoração, que soube transportar a casa novamente aos balados e, porque não, sombrios anos oitenta.
   Mas a casa, conforme relato de quem foi comigo ontem à noite, permanece com ar carregado, um ambiente pouco convidativo para quem está à procura de uma noite feliz.
Mas o Madame não é lugar de alegria.
Parece que para fazer parte da “turma do Madame” é terminante proibido expressar reação de contentamento, parece que a casa é um lugar que é proibido sorrir.
Mas os atuais donos não têm culpa disso.
Esse estigma está impregnado na casa, plantado no solo da casa da Rua Conselheiro Ramalho.
O som pesado, a escuridão, as pessoas de cara fechada vestindo preto, um prato cheio para quem quer compartilhar uma gostosa depressão.
A conclusão que cheguei em 2005 para 2006 de que a casa era um lugar ideal para transformar felicidade em angústia nunca foi tão viva e atual. Se você está mal, nem pense em passar por perto da Conselheiro Ramalho, mas se está bem, prepare-se para realizar um teste de ferro para mensurar o tamanho de sua autoconfiança.
Ao sair da casa, em torno das 3:30 da manhã, eis que alguém tem a brilhante ideia de prolongar a noite.
Com direito a entrada vip, saímos da escuridão do Madame para voltar a ver a luz.
Numa travessa da Alameda Pamplona com a Rua Franca, nos arredores dos Jardins, completamos o fim da noite na DJ Club.
Na DJ, o clima convidativo tomou conta da noite.
O som, as músicas, a luz, as pessoas conhecidas e queridas, uma noite que enfim teve um final digno.
Sábado três em um, como diria o grande parceiro Robas “na dúvida entre ficar no bar, ir pro Madame ou ir pra DJ, a gente fez os três e calou a boca da sociedade”.



Som que marcou a noite do Madame:




Som tema da DJ:

 (com direito a bis).



E enquanto isso na Rua Augusta:




Nenhum comentário:

Postar um comentário