sábado, 4 de janeiro de 2014

Nem Anakin, Nem Vader.



Em Star Wars, o jovem Anakin Skywalker tinha tudo para ser um lendário cavaleiro Jedi.


Assim como Neo de Matrix, em seus ombros foi depositada a esperança do surgimento de um escolhido: Um ser profético e mítico que traria equilíbrio à Força e destruiria os Sith (ordem de guerreiros seguidores de um lado sombrio).


Nas palavras do personagem Obi Wan Kenobi “A Força é o que dá ao Jedi o seu poder. É um campo de energia criado por todas as coisas vivas, ela nos cerca e penetra. Mantém a Galáxia unida”.


Mas Anakin não teve a sorte necessária para traçar o mesmo caminho do herói de Matrix. E nem foi uma questão de escolha entre a pílula vermelha ou azul.


Durante o trajeto para o “estrelato profético”, o garoto não hesitou em falhar. No momento mais decisivo – quando a transição para a vida adulta era necessária e todos os ensinamentos lúdicos e treinamentos morais deveriam florescer – Skywalker foi fraco e se deixou levar pelo mal, seduzido assim ao Lado Negro da Força.


Quando sucumbiu ao Lado Sombrio, enfim o menino escolhido mudou a alcunha. Deixou de ser Anakin e se proclamou Darth Vader, o Lorde Negro dos Sith.


Assim como nas premissas das sequências cinematográficas, a vida muitas vezes tem etapas que nos posicionam entre dois lados, geralmente confrontando o bem e o mal.


Não gosto de acreditar que em tudo existe uma polarização entre certo e errado, bem e mal, verdade ou mentira. Aceito a ideia de que entre as milhares de dualidades possíveis, habita-se um amplo plano de variações e um universo que faz com que nossas atitudes e ações possam figurar entre um lado ou outro. Não somos totalmente maus, ou predominantemente bons sempre. Todo mundo tem seu dia de Anakin e possivelmente uma jornada pontual de Darth Vader.


Nem todo ser escolhe a pílula certa e salva a humanidade como um Jesus Cristo do Século XXI. Nem sempre quando recebemos uma chave que abre as portas do mundo sombrio devemos achar que mudamos de lado. Às vezes podemos abrir um portal de um novo mundo, sem interferências do lado sombrio, buscando apenas ser o jovem aprendiz Jedi que só queria voar e ser feliz, não se importando com o peso do amanhã.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Bem-Vindo, Doutor!

- E qual será o plano?
- Simples. Na saída da palestra, quero ver todo mundo hostilizando aquela cambada de vagabundo. Vamos botar pra foder, deixar aqueles filhotes de Fidel com o cu na mão.
Terminaram de fumar e fecharam os olhos, como se estivessem lembrando das festas nos campos, nos grupos de estudos, da faculdade bancada, do consultório montado pelos pais, e de toda uma era onde a ameaça cubana estava longe de ser processo efetivo.

Terça-feira, o grande dia : Palestra de Apresentação.

Dois brasileiros repassam os últimos detalhes, e quando o primeiro "intruso" sai da sala o show começa. Era para ser apenas um simples curso de boas-vindas, uma apresentação dos costumes nacionais, do idioma, da forma de relação médico x paciente. Mas nos corredores, percebeu-se de imediato que a cordialidade de forma alguma tinha sido convidada.

De camisa amarela, o primeiro da fila observa um coro estérico e doentio, olhos sedentos, vaias em uníssono. Diziam que era por conta da reivindicação do tal Revalida, uma avaliação primordial para o conhecimento das aptidões médicas, principalmente quando os profissionais são de origem de outros países.

No mesmo dia, até jornalista já havia dito que as médicas que chegaram eram parecidas com empregadas domésticas e que Deus deveria proteger o nosso povo. Tudo conspirava para a intimidação.

Mas o Doutor Juan, - com sua camisa amarela comprada em Havana - não tinha medo desse povo. Todas as experiências de vida e de morte vividas em seu país calejaram a sua alma e fortaleceram a estrutura de seus caráter. Ao ver aqueles homens e mulheres, - todos de cabelos bem penteados e sedosos, de pele clara e bem tratada, de jaleco limpo e brilhante - não teve dúvidas que a vida no Brasil seria fácil.

Dr. Juan já sabia que neste país existe uma parte da população que ao invés de combater o câncer, se comportam como se fossem um. São um fragmento sujo e vergonhoso de nossa história, que só conduzem a as suas vidas no perímetro empobrecido de sua ignorância. São fracos, omissos, tendenciosos, protecionistas e sórdidos.

Ao virar as costas, o doutor olha para aquela cena e chama seus amigos de pátria para saírem do meio da tormenta. Quase cem pessoas , oriundas de outro país, de outra cultura. Em busca de um sentido, de uma vocação, chegaram apenas com a ideia de ajudar a nossa saúde, a nossa estrutura, os nossos problemas que estão longe de ser equacionados.

Ao chegarem próximo ao ônibus que levaria ao hotel, Dr. Juan sorri.

Os outros ainda estão tensos, - alguns calados, outros trocam palavras em forma de desabafo - mas é nessa hora que o médico cubano alarga ainda mais seu sorriso e pede a palavra.

Isso não é certo, não somos escravos. Seremos escravos da saúde, dos pacientes doentes, de quem estaremos ao lado todo o tempo necessário. Quando saímos do nosso país deixamos para trás as nossas origens, nossos amigos, até mesmo membros importantes das nossas famílias. Aqui, eles tem tudo: Formação nas melhores Faculdades, Especializações fora do país, dinheiro, muitos até tem fama com seus nomes. Eu só quero ter uma coisa, e espero que este seja o desejo de cada um que aqui está comigo. Quero que quando eu voltar, possa ter vivido uma experiência maravilhosa, ter salvado vidas, evitado mortes, e que todas as noites que tiver ao menos uma horinha de sono, eu durma um sonho tranquilo, tenha paz e a certeza de que o dever foi cumprido. Sei que todos estão com vontade de voltar lá e acabar com a raça deles. Mas a partir de amanhã eles serão nossos companheiros. Quem quiser um dia voltar para casa sendo aplaudido e não vaiado vai ter que vencer tudo isso e perceber que somos muito mais fortes do que todas as vaias que hoje recebemos. Vamos aonde os brasileiros não vão e teremos orgulho de nossa jornada. Vamos aonde os brasileiros não vão e teremos orgulho de nossa jornada.

Ao fim das palavras do Doutor Juan todos compartilham um silêncio visceral. Em harmonia, o grupo se divide nos três ônibus e logo é dada a partida.

Logo depois da largada do veículo, Dr. Juan franze a testa.

Mas não foram as vaias o motivo de sua aflição. Lembrou que ao sair da palestra esqueceu de saudar sua nova equipe médica.

Provavelmente muitos deles estavam no meio da multidão que o vaiava, mas o seu descuido fez com que enfim tivesse seu primeiro aborrecimento no Brasil.

domingo, 16 de junho de 2013

Vinténs




É amanhã!


Depois de 513 anos de exploração e resiliência, a população brasileira começa a dar seus primeiros passos em busca da liberdade.


Na próxima segunda, às 17:00h no Largo da Batata – São Paulo, mais de vinte mil pessoas são esperadas para começar a reescrever nossa história, mesmo que de forma tardia.


Pela primeira vez, Governo e Oposição, figuras míticas e místicas de nossa política, são julgados por um tribunal de vanguarda, regido por uma legislação de paz, vida e de respeito. 


Quando a Polícia Militar de São Paulo mostrou ao mundo seu despreparo e truculência nas manifestações de quinta-feira, deu todos os subsídios necessários para a criação de uma revolução.


O Personagem V de Vingança diria que “Não é o ato é o símbolo”; Já o Coringa sugeriu “Que não é pelo dinheiro. Trata-se de enviar uma mensagem”. Nós iremos dizer definitivamente que não é por 0,20 centavos, é por uma sociedade mais justa, menos repressiva, que invista seus recursos de forma transparente não deixando que o câncer da corrupção morda cada parcela desses “vinténs” que os cofres públicos vão se alimentar. 


A partir da última semana, o debate deixou de circular em torno da questão financeira, das condições do transporte público, da infraestrutura viária, do passe livre e dos aumentos (abusivos ou não) dos serviços prestados pelo aparelho do Estado; Virou uma questão de princípios constitucionais, de direitos cívicos, de guarda plena por uma cidade mais equânime. 


E foi protestando contra a dobradinha governo-oposição, que a luta cresceu e quebrou o viés local. 


Revigorada, expandiu-se pelas ruas, cresceu nas mídias sociais, até chegar a todo o globo, com adesão de mais de 27 países e atos de apoio em importantes esferas mundiais.


Amanhã, o mundo vai ouvir a nossa voz. E é pelo perigo de tudo aquilo que ainda temos a dizer que eles devem ter medo de nós.







“O povo não deve temer seu governo. É o governo que deve temer o seu povo”.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

A Arena das Cabras






Podemos dizer que “Nunca antes na história deste país” o grande bloco de defesa da hegemonia do capital – também conhecido como direita brasileira – , esteve tão próximo de atingir o ápice de seu domínio de massa e exposição na mídia.


Duas situações no início desta semana agitaram as redes sociais e fizeram explodir os debates ligados à Ditadura Militar e a relação de confronto x harmonia entre heterossexuais e homossexuais.


Fantasmas do passado sairam do armário e comemoram a volta da ideia de um partido ligado às tradições mais conservadoras, respeitando os valores mais puritanos da Nova Aliança Renovadora Nacional, o antigo Arena, braço político da Ditadura no país.


O novo Arena pretende ser um partido que "possui como ideologia o conservadorismo, nacionalismo e tecno-progressismo, tendo para todos os efeitos a posição de direita no espectro político; devendo as correntes e tendências ideológicas ser aprovadas pelo Conselho Ideológico, visando a coerência com as diretrizes partidárias. A Arena, em respeito à convicções ideológicas de Direita, não coligará com partidos que declaram em seu programa eestatuto a defesa do comunismo, bem como vertentes marxistas".


Essa é a visão de uma estudante gaúcha de Direito, que aqui não merece ter nome informado, de 23 anos e alguns lindos sonhos na cabeça, como :


- Abolição de quaisquer sistemas de cotas raciais, de gênero, ou condições "especiais", redução da maioridade penal para dezesseis anos, maior participação da família em questões sociais, maior força à proteção armada, restabelecimento da ordem severa, etc, etc.


A idealista estudante pelo menos se fez sincera, já que segundo ela "politicamente, a direita brasileira é um horror. Não existe. Tem vergonha de se assumir. É a única direita que se vende para a esquerda". E nisso merece meu respeito, pois tomou partido.


Já a “Revista Veja” deveria ser tão verdadeira quanto a estudante gaúcha e assumir o lado direito da santa ceia na sociedade brasileira.


É chegado o momento de se tomar uma atitude definitiva, de imposição de editorial e seguir o caminho da imprensa americana, que eleição após eleição declara apoio ou crítica aos democratas e republicanos.


Sabemos todos que o famoso PIG (Partido da Imprensa Golpista) está com a direita no Brasil (leia-se PSDB e partidos aliados da pseudo-socialdemocracia).


A “Veja”, como expoente grotesco desse jogo se diz imparcial e independente, mas quando não faz jogo de cena apoiando candidatos tucanos, faz besteira dando espaço para seus colunistas para que estes destruam a paciência de qualquer leitor que deseje o mínimo de qualidade editorial.


A última pérola, a infeliz comparação da relação homossexual com a ligação amorosa entre um homem e uma cabra fez rebentar sinceros movimentos de comunidades GLBTs e de diversos indivíduos homossexuais em um levante não mais oprimido contra o Grupo Abril e todo o comando da editora.


As manifestações deixaram de ser parcas e o clima de hostilidade à revista é talvez o maior já atingido, talvez desde a sua criação.


Parece que, mesmo tardiamente, uma parcela importante da população no país resolveu dizer um sonoro não à tentativa de golpe midiático imposto por veículos tendenciosos e mormente cortejadores dos grandes senhores do capital nacional.


Esse bloco começa a se preparar para desembocar na Arena das Cabras, um ringue brutal que promete separar dois campos ideológicos distintos: De um lado, saudosistas do tempo em que liberdade era uma palavra que causava frio na espinha, e de outro um exército de cabras, sonhadores e libertários que só esperam sair do ringue sem que o sangue tenha que ser novamente derramado.

terça-feira, 27 de março de 2012

A Magia Inebriante do PSDB em São Paulo







Desde 1994, quando o falecido ex-governador Mario Covas assumiu o poder, o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), comanda a cidade de São Paulo com o mesmo mantra neoliberal que conquista e inebria a população paulista.


Avesso às mudanças, o eleitor de São Paulo corroborou por cinco mandatos o partido tucano, dando duras derrotas a nomes consagrados da política da cidade (para o bem ou para o mal).


Maluf perdeu em 1994 e 1998, principalmente por avalizar o governo do também falecido Celso Pitta 1946-2009, que foi um verdadeiro desastre administrativo e ético na prefeitura, o que acabou respingando negativamente nas duas campanhas para o palácio dos bandeirantes.


Em 2002 com Genuíno e 2006 e 2010 com Mercadante, o PT também não conseguiu fazer força à maior frente política da cidade, desta vez nitidamente por recusa do eleitor paulista.


A cidade de São Paulo, e por extensão todo o nosso Estado, não tem a menor intenção de mudança.


Para maior parte dos moradores do nosso distrito, as questões de segurança, saúde, emprego e, principalmente, transporte público, estão ótimas, não merecendo ruptura alguma.


A magia inebriante do PSDB em São Paulo é um evento que tem que ser estudado por renomados antropólogos, sociólogos e psicanalistas.


Como um Estado tão precário e desigual consegue fazer com que os seus principais problemas sejam esquecidos de quatro em quatro anos e maquiados em uma campanha suja, que por contraste absoluto, higieniza nossa sujeira?


O Estado deveria se mover, mas tanto não se move, tanto não progride que até a população se acostumou a ficar parada.


Todos os dias, milhões de paulistanos se amontoam em busca da conquista pura do direito de ir e vir, garantido em constituição. 


Para quem sai de casa de carro, a cidade de São Paulo beira o caos, pois a cada dia o índice de carros novos despejados nas ruas e avenidas é infinitamente maior do que o investimento das autoridades tucanas em melhorias de acesso e logística para desafogar o fluxo nas principais vias da cidade.


Mesmo assim, paradinhos, enfileirados e domados, os eleitores do PSDB se confortam em ficar presos em seus carros, no ar condicionado, contemplando sua solidão e individualismo. Ainda ouvem no rádio que o trafego acaba de bater novo record, mas só pensam em chegar logo em casa e pegar o começo do Jornal Nacional, para quem sabe se interarem um pouco mais das notícias do dia.


Mas a notícia está nas ruas. 


Denúncia de verdade é a notícia de que mais de seis milhões de usuários de ônibus e trens metropolitanos se espremem e se engalfinham todas as manhas e fins de tardes para competir contra o individualismo dos carros, ao invés de haver uma solução harmônica para o fim de todo esse caos.


Quem depende do transporte público em São Paulo chega a demorar quase seis horas diárias para realizar o trajeto casa-trabalho, trabalho-casa.


Contando que a média de um trabalho compromete de seis a nove horas de diárias, um paulistano menos sortudo – que depende de algum tipo de veículo de transporte de massa – chega a gastar até 15 horas diárias no compromisso de se deslocar ao trabalho e realizar suas tarefas no emprego.


Se esse paulista ainda sonha em dormir suas “justas oito horas” todas as noites, sobra apenas UMA HORA para realizar qualquer outro tipo de dever, tarefa ou prazer. 


Em uma hora, o eleitor do PSDB tem que cuidar de seus filhos, conversar com seus parentes, tomar banho, realizar qualquer tipo de desejo pessoal, ligar para os amigos, assistir seu programa favorito na TV...


Sim, não dá, é humanamente impossível.


Mas mesmo assim, após mais de 18 anos no poder, a população da cidade pretende mais uma vez entregar a prefeitura ao partido tucano.


Já entregou uma vez, ao mesmo Serra que hoje se recandidata, e o mesmo não satisfeito, usou o cargo de trampolim para se tornar governador. 


Kassab assumiu e deu no que deu.




Serra – o candidato que fez com que São Paulo tivesse o maior número de pedágios no país, que infernizou o dia a dia dos professores não dando qualquer tipo de apoio aos docentes e sucateou o ensino estadual, o cara que pouco fez para investir no metrô – hoje é o candidato que representa um partido que em 18 anos no poder entregou apenas uma estação em ano ímpar, em 2007 do Alto do Ipiranga. As demais foram todas inauguradas em ano de eleição, no qual o PSDB caprichou em espalhar pela cidade o seu bom mocismo governamental, apoiado por campanhas mentirosas, maquiadas em marketing pesado e com o mídia do Estado, que também é feliz e inebriada com o comando tucano.


Cabe ao Pobre Paulista, mais uma vez decidir o futuro da cidade.


Que seja o Tiririca, mas não José Serra e o seu bando tucano do PSDB.











segunda-feira, 12 de março de 2012

Do Chefão Ao Imperador




Segunda-feira agitada no futebol.






No Rio de Janeiro, o Don Ricardo Teixeira – o Marlon Brando da Granja Comary – enfim pediu afastamento do comando da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) .




No comunicado divulgado na manhã do dia 12 de março, Teixeira usou a mesma tática que deu certo ao longo dos 23 anos que esteve à frente da CBF. Mentiu para si mesmo, e com bravura repetiu a mentira com insistência sem fim, para torná-la um dia um embrião verídico. 


Em seu pronunciamento, o ex-presidente da entidade disse que saia com a sensação de dever cumprido com êxito e salientou: “Futebol em nosso país é sempre automaticamente associado a duas imagens: talento e desorganização. Quando ganhamos, despertou o talento. Quando perdemos, imperou a desorganização”.


Como o “Pai” da organização do futebol brasileiro, Teixeira credita para si os méritos das conquistas de 1994 e 2002, ambas em seu mandato.


Mas o Don Ricardo se esquece que se não fossem os verdadeiros heróis – os que se mataram dentro de campo como Romário, Bebeto, Branco e Taffarel na conquista do tetra nos EUA; e os brilhantes Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho e toda a “Família Scolari” que jogou duro no Japão e na Coréia – sua presença na confederação seria um fiasco.


Com irregularidades levantadas na CPI do futebol nos anos 90 e com novas denúncias surgindo a cada dia desde 1989, Ricardo Teixeira prestou um grande desserviço ao futebol nacional.






Já vai tarde. Muito tarde.






Outro que se despediu hoje de certa forma do futebol foi o centroavante Adriano, agora ex-Corinthians.




O ex-Imperador e ex-jogador de futebol, teve no clube alvinegro a última chance de se reafirmar na carreira. Algo parecido com o que vem acontecendo com Ronaldinho Gaúcho no Flamengo, outro ex-craque em atividade.


Em nota, o time paulista foi breve, assim como a passagem de Adriano no futebol alvinegro:


“No final da tarde desta segunda-feira, dia 12, a diretoria do Sport Club Corinthians Paulista e o atacante Adriano decidiram, em comum acordo, encerrar o contrato de trabalho entre as duas partes, que era válido até junho próximo.


Passo seguinte, os representantes do atleta e o departamento jurídico do clube negociarão os detalhes do destrato. Desta forma, Adriano não integra mais o grupo profissional do Corinthians e, por consequência, está dispensado de reapresentar-se amanhã com o restante do elenco”.


Agora, Adriano deve receber uma nova bolada (não satisfeito com os 440 mil (!) reais que ganhava por mês) e receber uma rescisão bem gordinha como a sua barriga.


Adriano passa a ser o primeiro jogador a ser mandado embora por se recusar a subir na balança.


Se até o fenômeno Ronaldo teve a humildade de se curvar à balança Corinthiana, o ex-imperador romano tinha que ter a mesma coragem. Faltou respeito por parte dele a toda torcida do Parque São Jorge que esperava um jogador com fome de bola e não com fome de obeso!




Catho Online acaba de ganhar mais dois CVs.







Fórmula do dia : Adriano > Teixeira > Encrenca. 























domingo, 11 de março de 2012

De 2012 à 2014




Depois de duas eleições no Plano Federal – em 2002 (quando perdeu para Lula, na campanha em que a esperança venceu o medo) e 2010 (quando o jogo sujo da campanha tucana distorceu fatos e colocou em debate o tema aborto contra a Presidente Dilma) – o Tucano José Serra começa a dar sinais de que perdeu o timing político e que está ultrapassado no ambiente eleitoral.


Como um cara que se diz preparado, economista PhD em saúde, trabalhador nato que nunca deixa de arregaçar as mangas, fala uma besteira dessas?


Digna do Lula ignorante pintado nas campanhas de 1989, 1994, 1998, 2002 e 2006 e da “despreparada” Dilma de 2010.


Serra confundiu o nome oficial da República, assemelhando o nome do país com o dos EUA (Estados Unidos da América).


Meu querido Serra, o Brasil não chama Estados Unidos do Brasil e sim República Federativa do Brasil, como foi ensinado na escola e como você deveria ter prestado atenção quando lia os relatórios descritivos de campanha.


E agora, Serra tenta convencer que não pretende mais se candidatar ao cargo máximo do país. Segundo seu fiel escudeiro Gilberto Kassab (PSD), o prefeito com avaliação de governo inferior ao finado Celso Pitta, Serra chega para ser candidato e permanecer no cargo até o final de 2016, ou seja, cumprindo o mandato até o fim e descartando a eleição de 2014 à presidência da república.


Todo mundo sabe que isso é balela.


Se Serra vencer a campanha de Outubro, vai se fortalecer e voltar aos holofotes de 2014, deixando o tucano de minas Aécio Neves muito mais ressabiado.


Como o eleitorado de São Paulo possui uma imbecilidade ímpar, é bem capaz de Serra vencer no final do ano e repetir a não-promessa de 2004, quando deixou a prefeitura para ser governador do Estado (responsabilidade que também abandonou no final de 2010 para concorrer pela segunda vez ao cargo de presidente).


A campanha de Serra à prefeitura pretende se escorar no mote do governo de Kassab “Antes não tinha, agora tem”, e explorar os feitos da atual gestão, que começou lá em 2004 com Serra como titular e Kassab vice.

Já que Serra pretende recomeçar a sua jornada dupla, desde já fica o pedido para que decore o nome do nosso país. Afinal, Estados Unidos do Brasil – Antes não tinha, agora tem.